domingo, 1 de julho de 2012

sábado, 30 de junho de 2012



... Porque o fogo que me faz arder é o mesmo que me ilumina.

(Étienne de La Boètie)





domingo, 24 de junho de 2012

- Grito Interior -


Há algo dentro de mim que grita por mudanças, por renovações, algo até mesmo inquietamente.
Eu quero sentir, eu quero viver, eu quero renascer...
Sim, tudo que eu mais desejo neste momento é renascer...
Emergir da profundidade de onde estou mergulhada, ou seria escondida?
Sinto-me como uma criança fechada num quarto escuro com medo de sair...
Estou sentada no limbo agora, sem conseguir escolher se caminho para o céu ou para o inferno... ambos me parecem interessantes, cada qual a sua maneira.
Eu quero ver a luz do sol... ou mesmo o "brilho da lua", mas antes a janela precisa ser aberta...
Preciso reinaugurar-me...

Devo esvaziar os meus armários mentais... como quem rasga as suas próprias roupas e passa do estado latente para o estado real.
Descobri outrora que as pessoas não têm medo de serem felizes, as pessoas têm medo de deixarem de serem felizes...  Como uma joia rara que lhes és dada e então sarcasticamente roubada.

Sentir-se alegre passa a ser um alarme para o início do perigo.
Há tantas coisas abafadas dentro de mim, tantos porquês que talvez eu nunca descubra as respostas...
Há tantas coisas misturadas em meu interior: feridas, calor, desejos...
Eu quero, eu preciso acreditar que ainda há uma maneira de ser feliz!!!
Para que julgar-me se eu também sou um ser em crescimento?


sexta-feira, 22 de junho de 2012

"Os grandes amores, especialmente se não tivessem tido morte natural, jamais morriam por completo e deixavam reverberações. Uma vez interrompidos, rompidos de maneira artificial, sufocados acidentalmente, eles continuavam a existir em fragmentos separados e infinitos ecos menores".

Anais Nin - Uma espiã na casa do amor

sábado, 9 de junho de 2012

Pertencer - Clarice Lispector

Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer: nela o ser humano, no berço mesmo, já começou.
Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça.
Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus.
Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso.
Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como se é. E uma espécie toda nova de "solidão de não pertencer" começou a me invadir como heras num muro.
Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associações? Porque não é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos.
Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa.
Quase consigo me visualizar no berço, quase consigo reproduzir em mim a vaga e no entanto premente sensação de precisar pertencer. Por motivos que nem minha mãe nem meu pai podiam controlar, eu nasci e fiquei apenas: nascida.
No entanto fui preparada para ser dada à luz de um modo tão bonito. Minha mãe já estava doente, e, por uma superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um filho curava uma mulher de uma doença. Então fui deliberadamente criada: com amor e esperança. Só que não curei minha mãe. E sinto até hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma missão determinada e eu falhei. Como se contassem comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse desertado. Sei que meus pais me perdoaram por eu ter nascido em vão e tê-los traído na grande esperança.
Mas eu, eu não me perdôo. Quereria que simplesmente se tivesse feito um milagre: eu nascer e curar minha mãe. Então, sim: eu teria pertencido a meu pai e a minha mãe. Eu nem podia confiar a alguém essa espécie de solidão de não pertencer porque, como desertor, eu tinha o segredo da fuga que por vergonha não podia ser conhecido.
A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no deserto e bebe sôfrego os últimos goles de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo que caminho!
"Não existe nada de completamente errado no mundo, mesmo um relógio parado, consegue estar certo duas vezes por dia".
(Paulo Coelho)


terça-feira, 5 de junho de 2012

[...] continua...


Havia algo não-preenchido dentro de mim, por vezes, quase um abismo-interior.
Pensei que fosse lúdico, mas não...

Era o teu lugar dentro de mim, à espera da tua chegada...
Depois que eu te conheci enxerguei coisas que antes eu não visualizava, principalmente sobre mim mesma.

Descobri o sentido mais profundo e belo de submissão:

Sub-missão é casar-se com o propósito, com a missão do outro...
Por isso, Dominador e submissa hão de ser afins quanto aos códigos de vida...

Talvez, o que eu tenha para te oferecer, Senhor, seja pouco ou até mesmo simples, mas quero que saibas que é o melhor de mim e o mais verdadeiro, também.

Comunhão e evolução.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Amor Sideral



















Eu não busquei um homem ou um amor, simplesmente.
Busquei uma essência ou uma alma... 

Nesta noite venho a te dizer que tudo que eu mais desejei, eu encontrei em ti
Como uma espécie de acorde que formasse união e harmonia com os meus sons interiores e exteriores.
Alguém que sabe que os erros não vigoram, nem a dor e o amor... mas sim, o que aprendemos com eles...

Alguém que queira aprender...
... embora já tenha muito à ensinar.

Alguém que possa ter as suas oscilações de humor, como todo ser humano, mas jamais oscilação de caráter.
Quando eu digo, inúmeras vezes, que eu te amo, não digo, tão somente, ao homem-carnal, ou mesmo ao Dominador (embora eu os ame também...).

Mas amo àquilo que está lá dentro
... o próprio Espírito teu.

sábado, 2 de junho de 2012

[...] Que tu me dês a tua mão e me ensina passos que eu ainda não sei andar...

Cumplicidade


Quero ser a Tua companhia para os dias de sol... 
...e a Tua certeza para os dias nublados.

Um desejo, um beijo, uma noite
  Um momento, um abraço, uma conversa
     Um amor, um lar, uma vida














Amo-te Senhor D_Chronos!

sábado, 26 de maio de 2012


[...] Seria apenas mais uma história, se não tivesse tocado a alma.

                                                                  (Caio Fernando Abreu)

segunda-feira, 21 de maio de 2012


[...] Tenho uma sensação constante de que estou vivendo à beira de algo que vai acontecer, e que nunca consigo alcançar. Meus nervos estão preparados para uma espécie de clímax. Sinto-me tensa, em expectativa. É tão aflitivo que começo a desejar uma catástrofe para aliviar a expectativa. Desejo que todas as calamidades, todas as tragédias, aconteçam logo. Quero cenas, brigas, lágrimas, quero ser devorada, quero bater nas pessoas. Sinto-me inquieta. Não consigo ficar muito tempo em lugar nenhum. Não consigo me sentar e não consigo dormir. Tenho sempre essa sensação de que preciso encontrar um alívio para essa espera, um momento estilhaçador, para poder repousar e dormir. O mundo inteiro me excita, sinto amor pelas pessoas nas ruas, a música mexe comigo a toda hora como uma carícia; sinto um desejo violento, e espero.
Sinto a tempestade chegando, sinto a angústia, mas tudo continua igual, lerdo, sem interrupção, sem relâmpago. Alguma coisa em mim quer romper, explodir. Em vez disso, tenho que tirar prazer rompendo a vida dos outros. Estou constantemente seduzindo os outros, encantando-os, capturando-os, ao mesmo tempo em que desejo que fossem capazes de fazê-lo comigo. Quero tanto ser capturada... Todo mundo me obedece, mas eles não encontram a chave de mim. Gosto de sentir seus corações batendo mais depressa, gosto de ver seus olhos flutuando, seus lábios tremendo, gosto de sentir a emoção neles. É como alimento. Fico fascinada com seus sentimentos. Sou como uma caçadora que não quer matar, mas quero sentir o ferimento. 

O que espero? Ser tomada pelo desejo do outro e nele me banhar. 

Arder. 

Quero ser despedaçada. 

Ao mesmo tempo que quero calor e simplicidade.

Anaïs Nin, In: A Casa do Incesto e Outras Histórias.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Tim Maia e Gal Costa - Um Dia De Domingo



Um Dia de Domingo

Eu preciso te falar
Te encontrar
De qualquer jeito
Pra sentar e conversar
Depois andar
De encontro ao vento
Eu preciso respirar
O mesmo ar que te rodeia
E na pele quero ter
O mesmo sol
Que te bronzeia
Eu preciso te tocar
E outra vez
Te ver sorrindo
Te encontrar num sonho lindo
Já não dá mais pra viver
Um sentimento sem sentido
Eu preciso descobrir
A emoção de estar contigo
Ver o sol amanhecer
E ver a vida acontecer
Como um dia de domingo
Faz de conta que
Ainda é cedo
Tudo vai ficar
Por conta da emoção
Faz de conta que
Ainda é cedo
E deixar falar a voz

do coração
~~~> Música e letra: Michael Sullivan e Paulo Massadas (1985)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

À meia luz:

Te espero... como quem espera um vampiro...

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim".
 
(Chico Xavier)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

"Tudo tem começo e meio. O fim só existe para quem não percebe o recomeço".

(Luiz Gasparetto)

Sob controle!


Nenhuma pratica ou situação me faz sentir tão submissa como o controle permanente, de orgasmos, de prazer...
Não deslegitimando as outras práticas físicas e/ou psicológicas que eu adoro e que geram prazer e “êxtase submisso”, mas estar constantemente sob controle, para mim, é o ápice da *Entrega*.


Estar dependente de um “sim” ou de um “não” para poder sentir prazer sozinha, sentir aquela ansiedade no momento que antecede a resposta do Dono.
Imaginar que naquele dia que eu estou com muita vontade, apenas por sadismo, ou, porque Ele simplesmente pode por vontade ou capricho dizer um “não” sonoro.
No entanto o controle de orgasmos permanente não é uma prática tão simples como pode parecer a vista nua, não poucas vezes no decorrer do cotidiano a submissa pode entrar em conflito com a “fêmea”, assim como requer habilidade de percepção do Dominador para “desativar” e “ativar” comandos ao sabor do melhor para aquele momento do relacionamento.

No entanto, prazer de baixa tensão constante de se sentir controlada é indescritível.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Energias:

Cafunés, aconchego e transmissão de energias curativas em pró do pequeno percalço que tu passas Senhor...


*Kisses*

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Bons Fluidos...



                                                         

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

"Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho. Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas".

(Machado de Assis)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

"Para as rosas, escreveu alguém, o jardineiro é eterno".

(Machado de Assis)

As Rosas Não Falam:

Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão,
Enfim


Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar
Para mim


Queixo-me às rosas,
Mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai


Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos
Por fim


(Cartola)

Espectro: (complexidade)


Todas as noites, antes de se deitar para dormir, ela olhava-se no espelho, escova os seus cabelos, contemplava-se pela última vez naquele dia que se findava (...).
Naquela noite, ela percebeu algo estranho no seu reflexo fragmentado: O espelho estava trincado.
Assustada com as multifaces esfaqueadas que visualizava de si própria disse:
“Óh! Teria eu me perdido complemente nesta noite?”
Assim, o espelho lhe respondeu:
- “Não tenha você se encontrado completamente nesta noite?”.

Teu Brinquedo... Tua Boneca...



terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Não cultive as mágoas.

- Porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco, deixa tudo cinza."

(Divina Reis)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Por que eu não nasci nessa época?

Revistas femininas da década de 50 e 60:




Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto, sem questioná-lo. (Revista Claudia, 1962).

A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa. (Jornal das Moças, 1965).

A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, servindo-lhe uma cerveja bem gelada. Nada de incomodá-lo com serviços ou notícias domésticas. (Jornal das Moças, 1959).

Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzas no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa. (Jornal das Moças, 1957).

Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas. (Jornal das Moças,1957).

O noivado longo é um perigo, mas nunca sugira o matrimônio. Ele é quem decide sempre! (Revista Querida, 1953).

Sempre que o homem sair com os amigos e voltar tarde da noite espere-o linda, cheirosa e dócil. (Jornal das Moças, 1958).

É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido. (Jornal das Moças, 1957).

O lugar de mulher é no lar. (Revista Querida, 1955).

Caminho de volta ao lar

 Eu tenho uma verdadeira paixão por imagens vintages Housewife.




domingo, 8 de janeiro de 2012

sábado, 7 de janeiro de 2012

Dedicatória!

Esse Blogger tem especial dedicação ao Dominador e homem que eu amo.


T/todoas(as) que aqui vierem em paz são bem-vindos.